Henrique Muzzi 

Contra fatos não há argumentos. Esta é uma máxima que deveria ser utilizada quando o assunto é Campeonato Mineiro. Logo no início do ano, todos sabemos: Atlético e Cruzeiro decidem o caneco.

Desde 2005, quando o Ipatinga, à época gerido por Itair Machado, hoje vice-presidente de futebol do Cruzeiro, nenhum outro clube, senão Atlético e Cruzeiro, conquistou o famigerado campeonato rural. Para quem não se lembra, a equipe da região do Vale do Aço, a bem da verdade, era um time B do Cruzeiro. Mais de 10 atletas foram emprestados ao clube pela própria raposa.

De lá pra cá, não há o que discutir: Atlético e Cruzeiro e nada além disso. O Campeonato Mineiro é uma competição fraca, chocha, sem qualquer tipo de sincronia com o que o futebol moderno solicita. Neste ano, apenas o Atlético perdeu para um adversário do interior, entretanto, com uma equipe formada por suplentes. 

Uma das maiores falácias em relação ao tema é a de que se o Mineiro acaba, os clubes do interior também acabam. Os clubes do interior precisam se reinventar, juntamente com a CBF, solicitando a criação de competições extras à Série D, com chaveamento por estado.

Enquanto o futebol Europeu busca novos ares a cada dia, o brasileiro insiste em competições que não agregam em absolutamente nada. Falta público, falta adversário, falta futebol e investimento.

O Campeonato Mineiro nada mais é do que uma competição com o cunho único arrecadatório, onde quem ganha são os cartolas e “gestores” do campeonato. O fim do "Mineiro" faria bem a todos.

* (Quaisquer opinião remete tão somente ao jornalista).